Exercício Obangame Express 2024

O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA), Contra-Almirante António Duarte Monteiro participou hoje, dia 15 de maio, na cerimónia de encerramento e entrega de certificado de participação, no âmbito do exercício OBANGAME EXPRESS 2024 (OE24), que decorreu no Centro de Operações e Segurança Marítima (COSMAR).
O OE24 é um exercício anual combinado da África Central e Ocidental patrocinado pelo Comando dos Estados Unidos para África – AFRICOM e facilitado pelas Forças Navais de África. Este ano o OE24 iniciou no dia 06 de maio e terminará no dia 17 do mesmo mês, sendo a zona de atuação a região do Golfo da Guiné, tendo como foco principal o aumento da cooperação regional e interoperabilidade para aumentar a liberdade de navegação, conhecimento do domínio marítimo, segurança marítima e proteção, envolvendo os atores com responsabilidade no mar do Golfo da Guiné e da África Ocidental.  
O Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G, recentemente inaugurado, acolheu dos dias 7 a 9 de maio o exercício de mesa (TTX), que contou com a participação de equipas interagências dos Estados-Membros da Zona G, Assessores dos Estados Unidos da América, Oficiais de Ligação do Brasil e Marrocos, Observadores do Canadá e um Jurista Perito da ONUDC.
Por sua vez, o exercício no terreno (FTX) decorreu de 11 a 15 de maio no COSMAR, tendo os participantes deparado com uma situação de migração irregular na costa do Senegal, um caso real que serviu de lição na atuação e partilha de informações. Durante o Exercício foram simulados os principais cenários de interesse para a Região, sendo estes a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN), migração irregular, tráfico de drogas, pirataria, poluição marítima e busca e salvamento.
O CEMFA na sua intervenção realçou que exercícios do tipo são muito importantes pois permitem a reunião de representantes de vários países sobretudo os que possuem responsabilidades no âmbito do Código de Conduta de Yaoundé, possibilitando o treino de procedimentos, best practice, interoperabilidade, bem como a troca de informações de forma a aprimorar os procedimentos que são requeridos num ambiente extremamente complexo e altamente regulamentado, que é o ambiente marítimo.